Não raramente ouvimos alguém a recomendar “abrace uma árvore” ou “vá à praia ouvir o barulho das ondas”. Mas frases com essas, que parecem apenas recomendações sem nenhum embasamento científico, na verdade fazem muito sentido.
Pesquisas já têm provado que um contacto profundo com a natureza pode sim trazer muitos benefícios não só para a saúde física como também para a mental e emocional. Por isso neste artigo vamos abordar três desses inúmeros benefícios, juntamente com as pesquisas que os comprovam.
É importante, no entanto, desmistificar a ideia de que a natureza está longe: apenas nos bosques, nas praias, nas cascatas e piscinas naturais… a natureza pode estar muito mais próxima do nosso quotidiano do que podemos imaginar. Seja ao cuidar de uma flor ou de uma muda de hortelã-menta em sua casa, ao regar uma flor num jardim público ou ao cuidar da árvore que há na sua rua. A natureza está por todos os lados e é o nosso dever conservá-la.
Vamos agora aos benefícios do contacto com a natureza:
Um estudo feito no Japão mostrou que, ao passar mais tempo dentro de bosques e de outros ambientes florestais, ocorre em nosso corpo uma diminuição da tensão sanguínea e dos níveis de cortisol (a hormona do stress), além de uma melhoria na atividade nervosa. É por isso que os japoneses cultivam a chamada terapia do “banho de floresta”, que nada mais é que uma imersão na natureza: ouvir o barulho da água, tocar as plantas, caminhar entre as árvores etc.
Nos Estados Unidos, um estudo concluiu que o contacto aprofundado com a vegetação implica em quedas na taxa de mortalidade. Segundo a Universidade de Harvard, em parceria com a Women’s Hospital, a taxa de mortalidade entre as mulheres que viviam cercadas por áreas verdes era 12% menor do que entre aquelas que viviam em centros urbanos com menos plantas e árvores. As chances de morte devido a causas renais apresentavam uma queda de 41% e devido a problemas respiratórios, de 34%.
Um estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, concluiu que o contacto com a natureza pode auxiliar as crianças com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Segundo o estudo, ao realizarem atividades durante 20 minutos em um parque, o nível de concentração das crianças é superior em relação ao mesmo tempo de atividade noutros locais. Portanto, essa descoberta aponta que não só as crianças, mas as pessoas de um modo geral, podem usufruir dessa melhoria na concentração.